COMUNICADO
Amarante perde 34 pontos na secretaria
As camadas jovens do Amarante estão sob a alçada disciplinar do Conselho Disciplinar da Associação de Futebol do Porto (AFP), por incorrecções na inscrição de atletas de todos os escalões de formação. Na base do processo disciplinar levantado - e que pode conduzir à perda de 34 pontos, desde as escolinhas aos juniores - está a não apresentação nos prazos previstos de uma série de electrocardiogramas e ecocardiogramas dos jovens atletas examinados. Contratada a Clínica do Salto para efectuar os exames médicos em Agosto, a chefe de equipa, que é espanhola, seguiu a prática do país vizinho e exigiu que ao exame clínico habitual fossem acrescentados os acima descritos. Como o prazo para as inscrições estava a terminar, os atletas foram inscritos na condição de "sob vigilância", ficando então obrigados, num prazo de 30 a 90 dias, de regularizar as respectivas situações, primeiro junto do clube, onde teriam de preencher uma nova ficha de inscrição, que depois seguiria para a AFP, normalizando o processo. Acontece que os serviços do Amarante não expediram essa correspondência e o processo acabou por ser interrompido.
No imediato as equipas, começaram a ser punidas com pontos perdidos: juniores (12), juvenis (4), iniciados (4), infantis (10) e escolinhas (4), em resultado das penas directas aplicadas pelo CD da AFP, que entretanto instaurara um processo disciplinar ao clube. O Amarante recorreu e as penas foram revogadas, estando actualmente o clube a tentar fazer prova de que tinha os exames médicos prontos dentro dos prazos e que apenas por distracção na expedição das novas fichas o processo não ficou fechado.
Em declarações a O JOGO, Sérgio Cunha, responsável pelo departamento de futebol juvenil do Amarante, assumiu o erro, confirmando "terem sido pedidos exames a cerca de 90% dos 220 atletas inscritos". "Nunca colocamos em risco a saúde dos miúdos, o erro é meramente processual", defendeu-se. Caso venha a verificar-se a punição do CD da AFP, que será agravada com multas pecuniárias, a decisão é passível de recurso para o respectivo Conselho de Justiça.